Há de se dizer daquela
de esperas quase transparentes
a que mira o horizonte cansado
de esferas infinitas
enquanto um silêncio vasto
só ecoa seu olho esquerdo
como uma jóia
repousa entre os seios
pendurada ao pescoço
por anos a fio
como se de pouco valor
é apenas a solidão
a habitar o corpo delgado
é essa alma frágil
que de tão quebrada
transmuta-se pó
areia em ampulheta
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