Devia saber desde o começo
o que fazia quando chorava
todas as xícaras quebradas
e ideais jogados no tempo
quantas vezes ligou à noite
quanto tempo apostou em nada?
mas sempre foi o ritmo das estocadas
que ditava o pulsar das veias
pequenas faíscas
virando incêndios incontroláveis
e é aí que o dilema habita
na forma voraz de consumo
“o que quer de mim, baby?”
então, a velha pergunta
“o que quer de mim, baby?
pois querem o que não
poderia ser sugado
por nenhuma língua
é mais que isso
é desejar em segredo
a pior dor que se pode causar
desmancha a costura
o homem fora de sincronia
sem eixo e queimando
em seu próprio jogo
tentando achar outro tipo
de ligação interna